Um vinho com mais de 250 anos de história que já passou por muitas guerras e pandemias, não se assusta com mais esta. No entanto, a situação é preocupante. No Douro, já se fala em reduções de 50% no vinho a fortificar este ano e há cada vez mais agricultores a interrogaram-se sobre se vale a pena continuar a tratar das vinhas.
Mas também há boas notícias.
Em relação aos vinhos DOC Douro (e a todos os outros vinhos nacionais) provavelmente vai haver um valor de apoio europeu de 80 cêntimos por litro. No caso do vinho do Porto, com a impossibilidade de realizações de feiras e convenções é possível concentrar todos os recursos do IVDP numa grande campanha publicitária de apelo ao consumo de em jornais, rádio e televisão, nacional e estrangeira.
Esta semana, a Prodouro – associação que agrupa algumas dezenas de produtores da região, entre as quais a Real Companhia Velha e a Fladgate Partnership (Taylor’s, Fonseca, Crof) – lançou uma ideia inspirada na vindima de 1945, no final da II Guerra Mundial, para atenuar “a receada quebra na autorização de produção de mosto generoso”: produzir uma parte do vinho do Porto em regime de bloqueio de modo para não inundar ainda mais o mercado.
Irá competir com outra: a de aceitar que os stocks não estão cheios, que em 2019 à produção de 110 mil pipas de vinho do Porto contrapuseram-se números de vendas muito interessantes e que este vinho não é feito para vender no próprio ano, pelo que armazená-lo nunca é custo, é sem investimento.