Novidades

Uma nova tendência: os vinhos “laranja”

IMG_0876-e1485177080350.jpg

O vinho laranja é um vinho estragado, mas não o âmbar, um ancestral do vinho branco moderno cuja técnica de produção terá surgido há milhares de anos na região do Cáucaso, na Europa Oriental, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, onde atualmente estão a Georgia e a Armênia. Atualmente, a produção mundial de vinhos “laranja”concentra-se na Itália, na região de Friuli, onde é “rei” o produtor italiano Josko Gravner e rainha a casta Ribolla Gialla.

Agricultura ajustada aos preceitos da biodinâmica e a opção por formas de elaboração e envelhecimento pouco habituais, entre os quais se situam uma rejeição congénita aos depósitos de inox. Em substituição, tonéis de madeira avinhada, ânforas de barro e  talhas de barro. As técnicas são um pouco estranhas. Os cachos são despejados directamente nas ânforas sem serem prensados e a talha é tapada esperando-se que a gravidade e o peso das uvas façam o seu trabalho, paulatinamente esmagando os bagos. Dois a três anos depois, quase sem realizar qualquer operação, o vinho que escorreu pelo fundo da talha, resultado da fermentação natural, estará pronto para ser engarrafado.

Não há controlo de temperatura, não se filtra, não se estabiliza, não se clarifica. O mundo anda cansado dos mesmos vinhos. E a talha há no… Alentejo, não é?